por Priscila Boccia
foto Denise Helfestein
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"As irmãs Olga Beatriz, 7 anos, e Sofia Petra, 10, jogam xadrez há um ano e meio, incentivadas pelos pais. “A idéia era exercitar a concentração”, conta a mãe, a estatística paulista Danielle Steffen Sanchez. Deu certo. “Olga adora xadrez, amadureceu e ficou mais focada nos estudos”, observa. “Sofia vai bem na escola, mas só joga quando a irmã insiste.” Tanto que a caçula costuma vencer. Questionada se ficou mais esperta com as disputas no tabuleiro, Sofia responde: “Acho que sim. Antes eu demorava até para somar dois mais dois e agora faço cálculos complexos de cabeça, divisões de zilhões de números.”
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Mais do que um passatempo, esse jogo é uma boa ferramenta para o desenvolvimento intelectual da garotada. Não à toa, algumas escolas mantêm oficinas de xadrez para estimular o raciocínio e a criatividade de seus alunos. Já existe até a "terapia do xadrez", dirigida especialmente para os que não vão bem nos estudos. O introdutor em São Paulo é o psicólogo Estevan Matheus, que atende sobretudo pré-adolescentes e adolescentes. "Enquanto ensino os lances do jogo, puxo conversa sobre a vida em casa, na escola e com os amigos", conta Matheus. "O resultado é compensador. Dá para notar um bom reforço cognitivo, que se traduz em maior concentração e melhora das notas", assegura.
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