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segunda-feira, 30 de julho de 2007

Assuntos tabu

Há coisas que não percebo.
Não percebo porque é que, no século 21, existem assuntos tabu, principalmente em relação à gravidez.

Pouco se fala da sexualidade durante a gravidez.
Há mulheres (e homens) que têm medo de magoar a criança quando fazem amor.
Há mulheres (e homens ) que perdem o desejo sexual durante a gravidez, enquanto outras (e outros), aumentam consideravelmente a sua libido.

Há mulheres que se sentem feias, há medida que a gravidez vai avançando. Outras sentem-se muito sexys.

O parto, apesar de amplamente relatado nos babyblogs, continua a ser alvo de muitos tabus e medos. A prova disso é o receio que as futuras mamãs sentem. O parto devia ser encarado como um processo natural, doloroso, sem dúvida, mas que tem como fim o nascimento da criança, que o que mais queremos naquele momento.

A epidural é outro tabu. Há mulheres que dizem querer sentir o parto em toda a sua amplitude. Isso vai da opinião de cada um... Eu sou totalmente a favor da epidural. Afinal, quando vou ao dentista, não recuso a anestesia, por querer sentir a dor de arrancar o dente, em toda a sua amplitude... lol

A cesariana, também é outro tabu. Há mulheres que se sentem menos mulheres, ou mães, porque não tiveram um parto normal vaginal...

O amor é um processo crescente. Há mulheres que se sentem mal porque não se sentiram apaixonadas pelos filhos, mal eles nasceram. E não têm coragem de expressar esse sentimento a ninguém. Sentem-se mal, porque não sentem "aquele" amor de que tanto ouviram falar. Sentem que não são boas mães...

Outra coisa que faz as mulheres sentirem-se mal consigo mesmas é o "babyblues", ou depressão pós-parto. Esse é outro assunto tabu. Não se fala disso. É tudo rosas e perfume. Não, não é!!! A depressão pós-parto é muito frequente! E as mulheres não são piores mães por precisarem de apoio.

Outro tabu é pós-parto. Ou melhor, tudo o que envolve o pós-parto. Seja o nascimento, a estadia na maternidade, a subida do leite, a amamentação, a recuperação da cicatriz (seja vaginal ou abdominal), o regresso a casa, os primeiros cuidados com o bebé, as visitas dos familiares, o cuidar da casa, o relacionamento com o marido, etc... Todos estes assuntos acabam por virar tabu.

No geral, só se fala das coisas boas.
O nascimento de uma criança, não é fácil. Nem a recuperação pós-parto. A estadia na maternidade pode afectar psicologicamente uma mulher. (A mim afectou, até porque é um ambiente frio e hospitalar. Apesar disso, as enfermeiras, no geral, são boas e ajudam realmente as mães.)
A subida do leite varia, consoante a mulher. Sei de histórias dolorosas, no sentido literal do termo. O meu caso não foi. Nunca tive problemas com a subida do leite. Não ficou encaroçado, nem tive mastites, nem tive problemas com o mamilo (peito rachado).
A recuperação da cicatriz no pós-parto também não é um assunto muito falado. O pós-parto vaginal é complicado. Os pontos repuxam a zona magoada. Doi ao sentar. Tem de se fazer uma higiene muito cuidada. Os pontos podem infectar, etc... E o medo que se tem do retomar das nossas funções fisiológicas. Eu tinha muito medo de evacuar.

Outro assunto tabu são as hemorroidas. É normal desenvolver hemorroidas durante a gravidez, que podem até agravar-se no parto.

O regresso a casa é muito emocionante. Por um lado, a mulher tem receio. Principalmente se for mãe pela primeira vez. Na matenridade, se houvesse algum problema, estavam lá as enfermeiras para ajudar. Agora, a criança está totalmente dependente dos pais. Isso assusta-a muito. Tem medo de falhar, de magoar a criança...

O cansaço no regresso a casa é natural. A mulher não é, nem deve querer ser, uma super-mulher. O pós-parto é complicado, e a mulher não pode querer chegar a casa e fazer tudo: cuidar da criança, cuidar da casa, dar atenção ao marido, receber todas as visitas, etc...

15 comentários:

Celine disse...

Só tu amiga para colocar tudo aqui no teu blog!! Alguem que tenha coragem!! Este blog é fantástico para mãma e sobre tudo para futuras mãmas!1 Mais uma vez parabéns se precisares de alguma coisa é só dizer ok? Beijinhos

Lilly disse...

hum... realmente tens razão...
em quase todos os blogs que leio as mãe estão super apaixonadas pelos filhos. o que é normal claro... mas infelizmente tambem há aquelas que não sentem logo logo esse amor. aconteceu comigo com o 1º filho... durante uma semana cheguei a ter raiva do menino... tadinho, depois chorei por ter sentido isso. ao fim de contas eu era 1 miuda que tava habituada a dormir 10 horas por dia e a não fazer nada...

Rj disse...

Eu felizmente tenho muito poucos tabus na minha vida, ou secalhar até não tenho nenhuns!
A minha gravidez foi vivida com muita ansiedade porque foi uma gravidez de risco. Consequentemente as realções sexuais com penetração foram completamente postas de lado. Mas há alternativas. O perigo é mesmo a penetração vaginal porque tudo o resto podemos fazer sem qualquer problema e podemos perfeitamente atingir um orgasmo sem medo. A minha libido subiu bastante e sentia-me bonita. O meu marido também gostou e nunca lhe fez confusão tocar-me mais "sexualmente".
Eu não levei epidural. Não foi porque não pedisse mas porque não deu tempo. Senti tudo, foi bastante doloroso mas como dizes é algo perfeitamente natural. Depois do parto senti-me lindamente, cheia de energia, ria-me imenso e metia-me com as enfermeiras. Ninguém dizia que tinha acabado de parir. Talvez por isso sei que numa próxima gravidez não vou querer epidural. Não acho que se possa comparar com um arrancar de dentes pois esse processo não é natural e o parto sim. o nosso corpo ajuda-nos com estimulos e quimicos naturais ( até mesmo anestesiantes) e sei que consigo faz~e-lo sozinha sem ajuda de drogas artificiais.
Eu apaixonei-me de imediato pela minha filha. Como já disse foi uma gravidez de risco precedida por um aborto e talvez por isso tivesse ficado tão embevecida assim que a vi.
Passei por maus momentos porque ela não dormia mas felizmente passou e hoje sou imensamente feliz por ser mãe e quero muito voltar a sê-lo brevemente.
Eu amamentei e tive um parto normal e sinto que muitas mulheres ( especialmente aquelas que não poderam amamentar ou porque tiveram uma cesariana)invejam-me.
Eu não sou melhor mãe porque dei mama à minha filha ou porque ela veio ao mundo da forma natural. Fico triste quando noto isso. o amor vem com o tempo. Quantas vezes já dissemos que hoje amamos mais os nossos filhos do que ontem e muito menos que amanhã? É verdade!!!
Bom, isto já está um testamento enorme!!
Beijinhos.

Kelly disse...

Felizmente ou infelizmente nunca mostrei só o lado cor-de-rosa da minha vida. Falei abertamente da estranheza com que vi o meu filho - não houve corações vermelhinhos a saltar e foi complicado.
Tive gravidezes complicadas, partos lixados e recuperações físicas e psicológicas que davam pano para mangas. Mas tens razão, não se fala muito disso. Fala-se em cansaço talvez, mas nunca no stress de ter um dia inteiro um bebé a gritar sem se saber porquê e que acaba por stressar a casa toda!!!!
Ser mãe não é fácil - desde a concepção-- as mulheres que sofrem enjoos horríveis (felizmente isso não tive) até ao parto. Quem disser o contrário está a viver numa realidade virtual

Cristina e Omar disse...

Eu tive relações sexuais até ao fim. O meu ginecologista disse q não havia problema e por isso nunca nos privámos disse.
Até porque houve uma altura da gravidez em q eu tinha imenso desejo. Até sonhava com sexo...

Depois do meu filho nascer, parece q esmoreceu, pelo menos da minha parte... Não sei, será cansaço, stress.

rosa disse...

mais um óptimo post!
eu estou a passar pela primeira experiência. agora sinto-me bem, mas tive dias maus. não em termos físicos, porque estou a ter uma gravidez maravilhosa, sem enjoos, sem azias, nada! mas tive dias maus em termos psicológicos. que não consigo explicar porque nada havia que me fizesse ficar assim... hormonas??? talvez. e chorei bastante sem motivos. agora estou melhor e espero assim ficar até ao fim. não tenho medo do sexo, mas reduzi bastante, porque é incómodo e sinto-me muito limitada. e como detesto o acto sexual limitado, prefiro não fazer tanto... depois vingo-me!tenho medo do parto. tenho medo das dores. tenho medo que algo corra mal. mas tenho esperança, e muita crença de que a mãe natureza é perfeita e vai saber guiar-me nesse momento. tenho medo da recuperação física. não tenho medo de não a amar logo, porque sei que isso vem muito com o tempo, com a convivência. tenho medo de não saber brincar com ela. não tenho medo de não saber como a tratar. tenho medo que a chegada dela possa prejudicar a nossa relação. não tenho medo de perder a exclusividade de afectos.

Carla Santos Alves disse...

ora aqui está!!!!!

é exactamente isso!

Bjs

Carla

rita disse...

Estou aqui pl primeira vez, mas gostei muito. Prometo voltar!!

Rita&Tiago

snowgaze disse...

Quanto ao sexo, tanto da primeira vez como agora, os meus médicos sempre disseram que não havia problemas nenhuns. Desde que me sinta bem (e tenha vontade, eheh), posso fazer sexo durante toda a gravidez.
Não achei a gravidez uma pêra doce da primeira vez, principalmente nos últimos meses, e desta vez, para já está a correr bem, mas não espero andar na maior quando a barriga já estiver grande e eu me sentir pesada. Lembro-me das últimas semanas terem sido bastante desconfortáveis, pois o bebé era um matulão e adorava esticar-se com os pés apoiados nas minhas costelas.
Felizmente tive epidural no primeiro parto, senão tinha morrido ou quase... o miúdo era grande e apesar de me terem feito uma ecografia horas antes do nascimento, enganaram-se nos cálculos, em 900g... Depois de o puto nascer é que me disseram "ah, se soubéssemos que era assim tão grande, tínhamos ido para cesareana". Iá, obrigada. Fizeram-me episiotomia, para a qual eu não estava preparada (ninguém me falou disso, nem sequer me avisaram antes de cortarem por ali abaixo) e ainda tiveram de tirar o miúdo com fórceps. Ainda assim nao foi muito mau - devido à epidural - mas a verdade é que agora o meu médico aconselhou-me a ir para cesariana (coisa que eu nem tinha pensado em fazer). E no fundo, se é para cortar em algum lado, prefiro que seja na barriga. Mas a ver vamos, ainda não está nada decidido.
Quanto ao pós parto, planeei com o meu mais que tudo ficarmos os dois em casa, para aproveitarmos os dois (quer dizer os três, embora o meu mais velho tenha que ir à escola na mesma) o bebé e também porque a minha família está muito longe e alguém vai ter que me apoiar nessa altura, para não entrar em depressão e as coisas correrem bem.

Magali disse...

Você tem toda razão...comecei a frequentar os blogs pela solidão sentida..tantas mães na volta e ninguém a comentar nada. Só pelo olhar pude perceber que elas passaram por tudo sozinhas, sem apoio.Como entendo minha mãe...que esses dias me surpreendeu a intuir que meu casamento tá meio abalado desde que a Lana nasceu.
Porque as mulheres tem que sofrer caladas..porque não se apóiam e ficam só competindo...Parabéns pela sua franqueza. Me sinto mais forte e menos só.Essas são situações que se lê nas entrelinhas... Ah..estou perdida em relação ao meu marido que se mostra carente, com ciúme e distante de mim...me sinto cansada e dividida. Fique bem...Bjs

Carina disse...

Olá,
É a primeira vez que venho ao teu blog, e adorei!!! Acho incrível que algém tenha a disponibilidade de fazlar com esta abertura sobre todos estes assuntos ditos "tabu". Eu ainda não sou mãe, mas quero muito ser. Ainda não estou a planear nada, pelo menos para já, mas tenho imensa vontade que seja para breve :)
Assim sendo, vou voltar muitas vezes, de certeza, para ler experiências.
beijinhos

rosa disse...

“Thinking Blogger Award”
para ti, no meu canto!

Sónia (SRA) e Joaninha disse...

Relativamente a este topico posso apenas dar a minha humilde opiniao.

Relativamente ao namorar, até 3 dias antes de a Joana nascer fartei-me de namorar...IHHH

Tive cesariana e não me senti menos mãe por isso. Nãoe scolhi, teve de ser, mas acho que foi o melhor...

Relativamente ao pos-parto, eu nunca senti nada disso. Amei a minha filha desde o primeiro momento, e nunca me custou fazer nada, inclusive as noites em claro.

Mas por exemplo agora apos uma consulta, o meu medico diz que a depressão pos parto não acontece logo a seguir e pode manifestar-se muito depois...Segundo ele estou prestes a entrar nessa fase, não pela minha filha mas pelo stress que envolver a minha vida diariamente, a nivel profissional...

Espero ter ajudado

claudia disse...

estou gravida de 10 semanas e arranquei um dente a poucos dias dizeram me que fazia mal. falei com a minha medica da maternidade ela disse que nao havia problema nenhum acham que nao me dvo preocupar

JovemNarcas disse...

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